a)
A Igreja é o povo de Deus, que manifesta
sua vida de comunhão e serviço evangelizador em diversos níveis e sob diversas
formas (Puebla 618).
b)
Em torno do bispo e em perfeita comunhão
com ele, devem florescer as paróquias e as comunidades cristãs, como células
vivas e pujantes da vida eclesial (Documento de Santo Domingo 55).
c)
A paróquia, “comunidade de comunidades”,
família de Deus, fraternidade animada pelo Espírito de Unidade, é a Igreja que
se encontra entre as casas dos seres humanos; é uma rede de comunidades (SD
58).Vivendo e trabalhando inserida na realidade, a paróquia acolhe as
angústias e esperanças dos homens e mulheres de hoje (GS 1), anima e orienta a
comunhão, a participação e a missão do povo de Deus.
d)
A paróquia tem a missão de evangelizar,
celebrar a liturgia, realizar a promoção humana, fazer progredir a inculturação
da fé nas famílias, nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), nos grupos e
movimentos apostólicos e, através deles, em toda a sociedade (SD 58).
e) Nas pequenas
comunidades eclesiais temos um meio privilegiado para chegar a Nova
Evangelização e para chegar a que os batizados vivam como autênticos discípulos
e missionários de Cristo. (Aparecida 307)
f) Elas são um
ambiente propício para se escutar a Palavra de Deus, para viver a fraternidade,
para animar na oração, para aprofundar processos de formação na fé e para
fortalecer o exigente compromisso de ser apóstolos na sociedade de hoje. Elas
são lugares de experiência cristã e evangelização que, em meio à situação
cultural que nos afeta, secularizada e hostil à Igreja, se fazem muito mais
necessários. (Aparecida 308)
g). Se desejamos
pequenas comunidades vivas e dinâmicas, é necessário despertar nelas uma
espiritualidade sólida, baseada na Palavra de Deus, que as mantenham em plena
comunhão de vida e ideais com a Igreja local e, em particular, com a comunidade
paroquial. Por outro lado, conforme Há anos estamos propondo na América Latina,
a Paróquia chegará a ser “comunidade de comunidades”176. (Aparecida 309)
h) Destacamos
que é preciso reanimar os processos de formação de pequenas comunidades no
Continente, pois nelas temos uma fonte segura de vocações ao sacerdócio, à vida
religiosa e à vida leiga com especial dedicação ao apostolado. Através das
pequenas comunidades, poderia-se também conseguir chegar aos afastados, aos
indiferentes e aos que alimentam descontentamento ou ressentimento em relação à
Igreja. (Aparecida 310)
i)
É preciso renovar as paróquias mediante
pequenas comunidades eclesiais, com a formação de leigos e leigas, fazendo
planos de conjunto em áreas homogêneas (SD 60).
j)
As CEBs são a expressão do amor
preferencial da Igreja pelo povo simples. Nelas se expressa, se valoriza e se
purifica a religiosidade popular e se possibilita um compromisso concreto com a
transformação do mundo (Puebla 643). Fomentam a adesão a Jesus Cristo, procuram
uma vida mais evangélica, questionam as raízes de uma sociedade egoísta,
individualista e consumista, e explicitam a vocação para a comunhão e
participação. Elas são o sinal da vitalidade da Igreja, instrumento da formação
e evangelização, um ponto de partida válido para uma nova sociedade
(Redemptoris Missio 51).
k)
Nas pequenas comunidades cresce o
relacionamento a participação na Eucaristia, a comunhão com os pastores e um
maior compromisso social. Nelas se acentua o compromisso com a família, com o
trabalho e a comunidade local. A multiplicação das pequenas comunidades é um
fato eclesial relevante, caracteristicamente novo (Puebla 629 e 640). As
pequenas comunidades são a esperança da Igreja (EN 58).
l)
Como resposta às exigências da evangelização, junto com as comunidades
eclesiais de base, existem outras formas válidas de pequenas comunidades, e
inclusive redes de comunidades, de movimentos, grupos de vida, de oração e de
reflexão da palavra de Deus. Todas as comunidades e grupos eclesiais darão
fruto na medida em que a Eucaristia seja o centro de sua vida e a Palavra de
Deus seja o farol de seu caminho e sua atuação na única Igreja de Cristo.
(Aparecida 180)
m) A Comunhão:
Não pode existir vida cristã fora da comunidade; seja nas famílias, nas
paróquias, nas comunidades de vida consagrada, nas comunidades de base, outras
pequenas comunidades e movimentos. Como os primeiros cristãos, que se reuniam
em comunidade, o discípulo participa na vida da Igreja e no encontro com os
irmãos, vivendo o amor de Cristo na vida fraterna solidária. Ele também é
acompanhado e estimulado pela comunidade e seus pastores para amadurecer na
vida do Espírito. (Aparecida 278d)
n)
Evangelizar em comunhão fraterna é
condição para o sucesso da missão. Cristo mandou que todos se amassem como ele
amou. A fraternidade parte de um Deus-Comunhão e de um Deus que se faz irmão,
para que todos sejam um. O testemunho cristão é essencialmente comunitário.
Jesus envia seus discípulos “dois a dois” e ele mesmo vive em comunhão com seus
Apóstolos. A comunhão fraterna era o ideal das primeiras comunidades cristãs,
que queriam ser “um só coração e uma só alma”. Fraternidade que não se
expressava apenas nos bens materiais, mas também nos bens espirituais. Caridade
fraterna que se deve manifestar entre os próprios evangelizadores, e entre
todos os que crêem no Cristo (CNBB, Diretrizes gerais..., 1999-2002, Doc. 61,
n.15). Portanto, a vida de fé em grupos, em comunidade, inspira-se no
testemunho da Igreja cristã primitiva.
o)
Com estes grupos, a Igreja se apresenta
em pleno processo de renovação da vida da paróquia e da diocese, mediante uma
catequese que é nova não apenas na sua metodologia e no uso de meios modernos,
mas também na apresentação do conteúdo, que é vigorosamente orientado no
sentido de introduzir na vida motivações evangélicas em busca do crescimento em
Cristo (Puebla 100).
p)
A Igreja no Brasil procura concretizar
essa fraternidade no espírito da experiência comunitária, reconstruindo na sua
base aquele tecido de pequenas comunidades eclesiais, ligadas, com profundos
vínculos de fraternidade, sempre abertas, no meio social em que vivem, à
solidariedade com o povo (CNBB, Diretrizes gerais..., 1999-2002, Doc. 61,
n.17).
q)
“A grande comunidade eclesial expressa
sua vida em comunidades concretas através da comunhão na fé, vivida, celebrada
e testemunhada. A nova evangelização busca criar novas comunidades e exige
profunda revisão nas estruturas comunitárias” (CNBB, Diretrizes gerais...,
1999-2002, Doc. 61, n.20).
r)
É preciso que, nas Igrejas particulares
e especialmente no meio urbano, se reconheça a possibilidade de diversas formas
de vida comunitária, integração e associação dos fiéis, sem querer impor um
único modelo de comunidade eclesial. No contexto urbano, o fiel é exposto a um
número muito grande de solicitações e tem relações com diversos meios
profissionais, culturais e residenciais. Nesse contexto, a pastoral não pode
ser uniforme ou ligada exclusivamente a um único centro de agregação (CNBB, Diretrizes
gerais..., 1999-2002, Doc. 61, n.283).
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