a) Muitos dos fiéis batizados não são
evangelizados. As crianças que fazem a Primeira Comunhão Eucarística não
perseveram, os jovens crismados somem da Igreja. Não podemos continuar sendo
Igreja que se limita a distribuir sacramentos, sem a devida evangelização. Daí
a razão pastoral dos Grupos de Pequenas Comunidades como um dos meios de
evangelização.
b) Nesses grupos, pequenas células das comunidades
e da paróquia, a Igreja vai acontecendo nas ruas, nas casas, nos bairros e
condomínios. Não estaremos construindo templos de pedra ou madeira, mas
comunidades vivas.
c) Através dos Grupos de Pequenas
Comunidades, temos um novo modo de ser Igreja: é a Igreja missionária, que sai
às ruas. Sim, a Igreja vai às ruas, às casas. Vai ao encontro do povo, lá onde
o povo está. Não podemos permanecer na sacristia, nem na secretaria paroquial.
A Igreja tem que estar mais perto do povo. Em vez de ficar reclamando que o
povo não vem às missas, às nossas reuniões, etc., nós é que temos de ir ao
encontro do povo, ir aonde o povo está. Os verbos ir, sair, partir, caminhar,
tão próprios da atividade missionária, são muito usados no livro do Atos para
falar da atividade missionária das primeiras comunidades cristãs.
d) Nos Grupos de Pequenas Comunidades, há
continuidade da catequese, facilita-se a catequese em família, acontece a
catequese de adultos, os ministérios vigoram, o encontro é personalizado, os
problemas podem ser resolvidos com diálogo, eficiência e praticidade.
e) A cultura urbana favorece muito o
anonimato e o individualismo. Mas, no fundo do coração, as pessoas querem
comunhão. O ser humano moderno não suporta a solidão, nem a massificação, mas
almeja a comunhão, o encontro, o diálogo, a comunidade. Os Grupos de Pequenas
Comunidades oferecem oportunidade de encontro e associação, amizade e
entre-ajuda.
f) É preciso procurar ver como as pequenas
comunidades, que se multiplicam sobretudo na periferia e nas zonas rurais,
podem adaptar-se também à pastoral das grandes cidades do nosso continente
(Puebla 648).
g)
Nos anos recentes, especialmente em face
das grandes paróquias urbanas, caracterizadas por uma baixa prática religiosa e
o anonimato dos fiéis, reinvidica-se a transformação da paróquia em comunidades
de dimensões humanas, possibilitando relações pessoais fraternas (CNBB,
Diretrizes gerais..., 1999-2002, Doc. 61, n.285).
h) Um plano de
pastoral orgânico e articulado que se integre a um projeto comum às paróquias,
comunidades de vida consagrada, pequenas comunidades, movimentos e instituições
que incidem na cidade, e que seu objetivo seja chegar ao conjunto da cidade.
Nos casos de grandes cidades nas quais existem várias Dioceses, faz-se
necessário um plano inter-diocesano; (Aparecida 278d)
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